Esta entrevista, apresentada em parceria com PLANE—SITE, Jack Self—cocurador do Pavilhão Britânico na Bienal de Veneza de 2016—revela como o "fronte" da arquitetura britânica hoje em dia não é apenas uma crise imobiliária, mas "uma crise do lar". Ao apresentar provocadoramente "o banal", Self revela porquê a participação britânica na Bienal de Veneza de 2016 propõe cinco novos modelos para a vida doméstica, cada um curado pelo tempo da ocupação doméstica.
Durante cinco períodos distintos (horas, dias, meses, anos e décadas) [a exposição] argumenta que ao projetar primeiro com tempo (como em oposição a espaço) podemos inverter a perspectiva funcionalista da arquitetura ocidental e reinstalar uma compreensão racionalista de habitação. Até onde sabemos, é a primeira exposição arquitetônica curada pelo tempo em casa.
Cada um destes cinco modelos abordam um novo lado de nossa crise habitacional "de vanguarda", de como prevenir especulação e exploração no mercado imobiliário, a como o compartilhamento pode ser uma forma de luxo e não um compromisso. Cada modelo foi desenvolvido de forma intensamente pragmática e totalitária, ao potencializar a competência de diversos conselheiros e colaboradores variando de instituições financeiras a engenheiros, arquitetos, artistas, estilistas e cineastas.
Jack Self é arquiteto e escritor e fez a curadoria do Pavilhão Britânico com Finn Williams e Shumi Bose. Home Economics foi comissionado pelo Conselho Britânico.
Home Economics: Inside the British Pavilion at the 2016 Venice Biennale